01 junho 2011

Bisneta de peixe...


Estamos em fase de acabamento de um tão esperado armário (walk-in-closet*), em formato de "U", em nosso quarto, para abrigar roupas que ainda se encontram em caixas, baús e armários embutidos dos outros dormitórios. Com o orçamento sempre apertado, decidimos nós mesmos construí-lo. Temos um trato que vem de longa data, desde que morávamos na África: meu marido contrói e eu dou o acabamento.

Geralmente nos dedicando aos sábados, sem algum outro compromisso agendado, a bagunça era feita. Material comprado, aos poucos os módulos foram surgindo. Decidi escurecer a madeira, usando um verniz fosco. Algumas demãos puderam ser dadas antes da montagem final do armário.

O desafio maior veio com os módulos fixos em seus devidos lugares: algumas demãos do verniz eram necessárias para o acabamento. O cheiro de tinta, verniz e solvente não me incomoda mas causa dores de cabeça em meu marido. Sempre gostei de mexer com pintura, talvez pelo fato de ser neta de pintor (assim gosto de pensar!). Meu avô materno pintava a casa dos outros, como profissão.

armário
o
para
olhei
ao teto
Do assoalho

Seria necessário usar a escada, até o último degrau... mas isso também não seria problema para uma bisneta de trapezista de circo (minha bisavó materna)! Assim me preparei psicologicamente.
 
Filho de peixe, peixinho é. Creio que neto, bisneto e assim por diante também, mas não sei até que ponto ser bisneta de trapezista ajudou-me nesta façanha! Com muito cuidado e, confesso, medo de cair da escada, as últimas demãos foram dadas. Ufa! Tarefa cumprida. Valeu a pena.

Agradeço a Deus por ter acabado o trabalho sem qualquer incidente ou queda. Com certeza, de cima daquela escada, meus torpedos pedindo proteção chegaram até Ele e foram ouvidos!





(*) closet - pronunciado "cló-zet" 

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