24 agosto 2011

Não somos deste Mundo

Quando se está em algum outro país é normal se sentir estranho, diferente, limitado, inseguro. Sentimos que não pertencemos ali. Muito natural.

Algumas vezes tenho a impressão de não pertencer a lugar algum, a coisa alguma, muitas vezes dentro de meu próprio país e cultura!

Por outro lado, pessoas com sentimento de patriotismo muito forte chegam ao exagero, ao ponto de até mesmo colocarem seu patriotismo à frente dos ensinamentos da Palavra de Deus, esquecendo-se de que nossa verdadeira pátria não se encontra neste planeta...

Esta música "Not of this World" (Petra), baseada em I Pedro 2:11, João 15:18-19, João 16:33, Mateus 16:18 e João 14:3, fala sobre isto. Nada mais simples e mais claro. Aqui vai uma tradução livre em português.


Not Of This World
(Não somos deste Mundo)  
Letra & Música de Bob Hartman 
Somos peregrinos em uma terra estranha

Estamos tão longe de nossa pátria

A cada dia que passa torna-se mais claro

(Que) Esse mundo nunca nos aceitará aqui

Não somos benvindos neste mundo 

Somos forasteiros que aqui não pertencem

Somos estrangeiros, somos alienígenas

Não pertencemos a este mundo

Somos enviados  
Devemos perseverar 
Com esta mensagem que devemos levar

Há tanto que fazer antes de irmos embora

Com tantos outros que poderão vir a crer

Nossa missão aqui não vai falhar

E as portas do inferno não prevalecerão
 
Jesus nos disse que o mundo nos odiaria

Mas devemos ter bom ânimo

Ele venceu este mundo de trevas

E logo partiremos daqui



Clique acima no nome da música para o link ao vídeo no youtube e aqui para uma apresentação acústica (anos atrás, na Argentina) de Bob Hartman e John Schilitt.

20 agosto 2011

Enrolado de Canela

Muitos de meus tropeções acontecem na cozinha -- por minha própria culpa.

Um dia dessa semana, após o jantar, me bateu uma vontade enorme de comer um cinnamon roll (enroladinho de canela). É como esses enroladinhos de côco e creme que compramos nas padarias, só que o recheio é de açúcar mascavo, manteiga e canela em pó. Em cima vai um glacê de açúcar de confeiteiro com baunilha.


Fui para a cozinha e, apressadamente, fiz uma pequena receita no "olhômetro". Abri a massa, coloquei o recheio, enrolei, coloquei o rolo inteiro (sem fatiá-lo) na assadeira e levei-o ao forno!

A vontade era tanta que também não esperei o fermento agir para a massa crescer. Receita para desastre, certo?

Vigiava o forno a cada cinco minutos... e a massa não crescia. Hummm... desse jeito não vai assar no meio do rolo, pensei. Fácil de resolver: fiz um corte no comprimento todo dele, abrindo a massa e expondo as camadas recheadas. Nada convencional!

Com muito custo, esperei assar o suficiente para poder retirá-lo do forno. Nada bonito de se ver: sem crescer, todo escuro e melado, com parte do recheio que havia escorrido na assadeira meio queimado.

Mas esse tropeção valeu a pena. Estava uma delícia!!!

Aqui vai uma receita para quem quiser experimentar. O ideal é usar as medidas padronizadas para xícara e colheres (sopa e chá). Seguindo-a direitinho, o sucesso será garantido!


Coloque em uma tijela...
1 e 1/2 xícaras de chá de leite morno

Dissolva no leite...
1 colher de sopa de açúcar

Polvilhe por cima, sem misturar...
1 colher de sopa de fermento biológico seco para pão

Deixe à parte até que o fermento comece a crescer e forme bolhas.

Meça e depois peneire em uma vasilha grande o suficiente para deixar a massa crescer...
4 xícaras de farinha de trigo

Misture na farinha...
1 colher de chá de sal
1/4 de xícara de chá de açúcar

Adicione à mistura do fermento...
3 colheres de sopa de óleo vegetal
1 ovo ligeiramente batido - opcional

Coloque a mistura do fermento sobre os ingrediente secos. Misture tudo muito bem. Será necessário adicionar um pouco mais de farinha para que a massa fique consistente o suficiente para poder ser trabalhada. Sove-a bastante, até ficar lisa e homogênea, tomando cuidado para não adicionar farinha demais.

Volte a massa para a vasilha grande, passe um pouco de óleo sobre ela, cubra-a, deixe em um lugar morno e protegido de vento, e deixe-a descansar até dobrar de volume (1 1/2 a 2 horas).

Depois de a massa ter crescido, com a mão fechada dê um soco no centro dela e dobre as pontas para dentro. Vire a massa com as pontas dobradas para baixo. Deixe-a crescer novamente (30-45 minutos).

Retire-a da vasilha, sove-a um pouco e depois abra-a com o rolo em formato de retângulo de mais ou menos 1 cm de espessura.

Passe manteiga ou margarina em toda a superfície. Polvilhe com açúcar mascavo (sem ser o granulado) e depois com canela em pó, a gosto.

Enrole a massa como rocambole, formando um rolo. Corte-o em fatias de mais ou menos 2cm cada e arrume os rolinhos em uma assadeira untada (não precisa deixar espaço entre eles). Deixe crescer até dobrar de volume e asse por 20 minutos em forno quente.

Depois de prontos, coloque o glacê:

- 2/3 xícara de chá de manteiga derretida
- 4 xícaras de chá de açúcar de confeiteiro
- 2 xícaras de chá de essência de baunilha
- 4 a 8 colheres de sopa de água quente

Misture a manteiga derretida, o açúcar e a baunilha. 
Adicione a água quente, uma colher de cada vez, até a consistência desejada para espalhar. 
Coloque sobre os enroladinhos mornos.
Garanto que será um sucesso!

19 agosto 2011

A Começar em Nós!

Esta postagem é de um texto que recebi hoje pela manhã. Coloco-o aqui com a autorização do autor.



O mundo está em colapso.

Os relacionamentos fragilizados.

As amizades distantes. 

Somos indiferentes à dor dos outros, vamos à igreja como se fosse um clube ou desfile de modas e ainda assim "louvamos a Jesus".

Nos sentimos no direito de julgar os outros, mas não queremos nenhum tipo de julgamento para nossas atitudes.

Alguns se "acham" melhores por causa de suas posições alcançadas, mas isso pode de repente acabar.


Sabe de quem estou falando?
 
De nós, cristãos...de nós, igreja!

Queremos que o mundo mude, mas nos frustramos com a inércia dele. O mundo não muda porque nós ainda não mudamos. Estamos parados, olhando para o céu... querendo apenas as bênçãos de Deus...

Queremos "chuva", "restituição", "vitórias"... com nossas orações egoístas, pedindo pelo nosso próprio umbigo. Isso é ser CRISTÃO? Será que foi isso que Cristo nos deixou? Onde estão os mandamentos de Cristo em nossa vida?

Devemos amar, perdoar, nos sujeitar, socorrer... uns aos outros. Existe muito mais que isso e não podemos limitar aquilo que Cristo pode mudar em nossa vida. Mas de uma coisa eu tenho certeza: não fomos chamados para "devorar uns aos outros".

Precisamos mudar e, se algo deve mudar, que seja em nós primeiramente, para que vivamos livres das máscaras da hipocrisia e da religiosidade.  Viver em Cristo e na sua Igreja é muito mais que isso.

Deus abençôe a todos! Que possamos repensar nossas atitudes...


Pastor Marcelo

Tropeçando nos Brinquedos!


Michele, uma linda garotinha de cinco anos, está apavorada, achando que sua mãe vai vender todos os seus brinquedos no bazar da igreja e seus olhos se enchem de lágrimas toda vez que fala sobre o assunto. A mãe não pretende fazer isso, mas depois de assistir aos filmes do Toy Story, Michele ficou convencida de que isso vai acontecer.

Outra mãe menciona que a obsessão também chegou em sua casa. A festa de aniversário do filho foi no tema do Toy Story. O garoto ganhou uma mochila nova com o mesmo tema e seu quarto está sendo redecorado. O novo tema? Toy Story!

Um pai confessa que não conseguiu assistir ao terceiro filme da série sem chorar... Sua filha de cinco anos disse-lhe que nunca irá estudar fora (faculdade) e que morará com eles para sempre.


(Comentários verdadeiros de pessoas que assistiram aos filmes)

Com toda certeza muitos desses filmes, dirigidos ao público infantil (mas não completamente!) são muito bem produzidos, interessantes, cativantes e bastante engraçados, na maioria das vezes. Nós realmente nos envolvemos! (Confesso que só assisti ao primeiro da série!)

As crianças, muito mais do que nós, absorvem toda a carga emocional que acompanha a estória, emoções talvez intensas demais para uma idade tão tenra... Portanto, não sei até que ponto isto faz bem (ou mal) para a cabecinha e o coraçãozinho delas. Muitas vezes é difícil para as crianças discernir a realidade daquilo que não é; assim, o mundo imaginário encontra solo fértil nas mentes infantis...


A criança não pode decidir por si mesma, pois encontra-se sob a responsabilidade de seus pais. Nossa responsabilidade também inclui protegê-las daquilo ao qual serão expostas e que sabemos que não lhes fará bem.



E agora? Como convencer Michele de que seus brinquedos não serão vendidos?

13 agosto 2011

A Bússola de Ouro

Essa semana recebi um repasse de e-mail convocando os cristãos no Brasil a não irem ao cinema assistir ao filme "A Bússola de Ouro".

Não é minha intenção fazer propaganda do filme, dos livros e nem do autor, mas achei interessante o que descobri em minha pesquisa.

Philip Pullman, nascido em 1946, é um escritor britânico ateu que escreveu a trilogia Fronteiras do Universo (assim traduzido no Brasil) ou Mundos Paralelos (tradução em Portugal) que já recebeu vários prêmios de literatura no mundo. A Bússola de Ouro (ou Os Reinos do Norte - em Portugal) é o primeiro livro da série.

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A trilogia conta a estória de uma menina que mora em Oxford, em uma realidade alternativa. Lyra é uma mentirosa compulsiva e suas mentiras a envolvem nas ações más dos adultos da faculdade. Os adultos perseguem as crianças, tirando deles toda a sua imaginação, que depois usam para alimentar máquinas de guerra em um ataque contra Deus. Porém, conforme a trilogia avança, nossa simpatia muda e nós acabamos torcendo pelos matadores de Deus.

Pullman regularmente admite e até “se gaba” que sua série é um ataque flagrante e calculado ao cristianismo. Também declara que a escreveu para neutralizar a influência de C.S. Lewis (As Crônicas de Nárnia). E, sim, a fantasia alternativa de Pullman é escrita para crianças.

Gene Edward Veith (World) nos adverte sobre essa nova série de fantasia e escreve: "a objeção real do Sr. Pullman aos livros infantis de Lewis é que são ‘propaganda para a causa da religião na qual ele acreditava’, isto é, que são livros cristãos. É verdade que Lewis destina suas estórias para ensinar o cristianismo às crianças, embora certamente sejam mais do que mera ‘propaganda’. A ironia é que as estórias infantis do Sr. Pullman realmente são propaganda para a sua religião, ou seja, um ateísmo militante e um tanto místico."

Em breve, um Deus fraco e covarde vai ser derrubado em um cinema perto de você. O herói e a heroína vão para o Jardim do Éden e comer a maçã será o triunfo deles. As crianças vão assistir de olhos arregalados.

Tendo sido atraído e encantado com o primeiro volume, fiquei ferido pela forma como a estória tornou-se mesquinha e mal-intencionada ... Com a conclusão da trilogia, a caracterização, a sutileza, o humor e a fantasia são todas deixadas de lado para que Pullman possa pregar o seu próprio anti-evangelho. Isso não é arte. 
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Philip Pullman rejeitou comparações de sua trilogia com a de J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis) e afirmou: "O que estou fazendo é completamente diferente. Tolkien teria odiado." E disse ainda: "Estou tentando minar as bases da fé cristã."
(Interessante como ele não tenta minar as bases da fé muçulmana... é muito mais fácil atacar o cristianismo!)

Com certeza esse filme deixará os cristãos bastante chateados e até mesmo revoltados (eu, facilmente me incluiria neste grupo!).

Mas, qual será a resposta a este problema?
* Fazer boicote ao filme?
* Incentivar a queima desses livros - como fazem algumas igrejas radicais?
* Impedir nossos filhos de irem ao cinema?
* Fazer vídeos ou repassar e-mail criticando o autor?
* Ler os livros para os filhos e explicar-lhes a visão de mundo do Sr.Pullman?
* Divulgar este problema e alertar os cristãos?

O fato é que a curiosidade levará muitos de nós às salas de cinema... mas, de qualquer forma, precisamos nos preparar para enfrentar mais uma "onda" da moda cinematográfica que já glorificou bruxos e feiticeiros (Harry Porter) e  recentemente o vampirismo (Crepúsculo)...

Outro site, em português, com mais informações:
http://www.chamada.com.br/mensagens/bussola_de_ouro.html

11 agosto 2011

Happy Birthday!

Uma postagem especial para meu filho que hoje completa
34 anos de vida. 
Como o tempo passou... 
e as coisas mudaram, 
mas o meu amor
por você permanece, filho.



Casa Sombreada

Pintura (óleo sobre tela), terminada no 09 de agosto.

Já pintei um bom número de telas mas esta me marcou.
Não é tanto pelo tema em si, um final de rua em algum lugar de Tiradentes, MG, descendo uma ladeira pela rua de pedras.

Também não foi pelas casas simples mas cheias de beleza pelo colorido das flores ou pelo jogo de luz e sombra...
Esta tela foi especial porque muito dela fiz sozinha e ouvi bons comentários e elogios do professor e dos colegas!
Muito bom esse sentimento de realização, de satisfação.

É tão interessante como um simples comentário pode fazer grande diferença: nos coloca lá em cima ou lá em baixo!
Quer seja positivo ou negativo, precisa ser honesto. Um elogio vazio, apenas para agradar, não faz o efeito desejado. Um comentário crítico pode trazer mudança para melhor mas, se injusto, apenas causa mais dano...
E como tropeçamos nestas coisas!

 Ficam aqui a Casa Sombreada e a foto (por Neide Arcanjo) que a inspirou.




Bons Filmes

Algo de bom e diferente nas prateleiras abarrotadas de lixo em videolocadoras:
(Clique no nome do filme para ver o trailer)

1. Jornada pela Liberdade

2. Aritmética Emocional

3. Quase Deuses

4. Homens e Deuses

Você recomenda um bom filme? Deixe um comentário abaixo!

10 agosto 2011

Cansada

Tem hora que a gente perde o pique...
Sei que isso já aconteceu com você. E não apenas uma vêz!

Mas esse cansaço não é de esforço ou trabalho físico.
Tem a ver com atitudes humanas, com a forma como o mundo caminha, com a maneira das coisas serem nos dias de hoje.

Tentei apontar. Comentei. Escrevi. Falei mal... 
Nada mudou.
Devo calar-me?
Será que o problema está em mim?
Devo calar-me e moldar-me nos mesmos moldes?
Será que todos os outros se contentam de continuar vivendo dessa maneira?

Os incomodados que se retirem - diz o ditado.
O problema maior é que não posso me retirar...
Não posso simplesmente mudar-me de cidade, de igreja, de país.

E agora?
Só sei que estou cansada, muito cansada...