09 dezembro 2012

Rir: o Melhor Remédio?

Quando comecei a consultar com meu atual neurologista, o Dr. C. atendia em uma clínica na cidade onde moramos. Com o tempo, porém, ele passou a atender em outra cidade, a cerca de 17Km de distância (uma pequena viagem de uns 30-40 minutos), ficando mais trabalhoso conseguir as receitas mensais de minha medicação. Mas, como já estava acostumada com ele e ele conhecia bem o meu caso, achei melhor continuar.

Com o remédio chegando ao fim, liguei na clínica e fiz o pedido para três receitas: a do mes atual e outras duas, para os meses seguintes. Isso me pouparia duas viagens!

No dia previsto telefonei na clínica para ter certeza de que as receitas estavam prontas. Só então fiz a "viagem", em horário de menos congestionamento. Quem me conhece sabe que não gosto de dirigir e que me perco com facilidade em lugares aonde não vou com frequência...

Chegando na clínica peguei as receitas, conferi a medicação, dosagem e datas. Tudo certo. Voltei, indo diretamente à farmácia. Grande foi minha surpresa quando a farmacêutica me disse que não poderia me vender o medicamento! Motivo: faltava o carimbo do médico. Olhei as outras duas receitas: devidamente carimbadas... mas por já estarem datadas, não poderia substituir aquela sem carimbo.

Coragem! Refiz o mesmo caminho, voltando à clínica. Só que as atendentes não possuíam o carimbo do médico e, naquele dia, ele só havia atendido pela manhã.

Deram-me amostras grátis suficentes para uma semana. Enquanto isso a receita seria carimbada no próximo dia e depois enviada pelo correio. Tudo certo. Voltei para casa. Nessa altura o trânsito já havia aumentado, mas cheguei sem problemas.

Os dias se passaram, inclusive um feriado. Continuei verificando a correspondência. Nada. Cheguei a telefonar na clínica, onde me confirmaram que havia sido colocada no correio.

Enquanto escrevo, tenho medicação para apenas mais 1 dia. E isso porque de uns 4 dias para cá passei a tomar 1 cápsula ao dia ao invés de 2! Aquela receita PRECISA chegar até amanhã, senão... estarei em maiores apuros.

Tudo bem, pode rir. Não ficarei zangada. Até eu tenho vontade de rir da minha situação. Dizem que rir é o melhor remédio. Mas, será? Acho que nessa situação, dar gargalhadas não resolverá o problema. Estou convencida de que, no meu caso, o melhor remédio ainda é aquele que comprarei com a receita da qual não se sabe o paradeiro e nem se vai chegar...

(P.S. - Na terça-feira, 11/12, no final da tarde, havia um envelope pardo na caixinha do correio. Dentro dele, aquela mesma folha de papel, agora com o precioso carimbo.)

Nenhum comentário: